06 novembro 2006
O Cheiro da Revolução
Henrique Raposo, ontem, no Blogue da Revista Atlântico:
Mas a verdade é que já não quero saber se este orçamento carrega ainda mais na geração recibos verdes, a minha, aquela que anda a ser explorada pelos filhos de 1976. Não quero saber. Porque só quero saber uma coisa: quando é que matamos este regime? Matamos de matar e não de reformar.RAF, há uns meses, no Blue Lounge:
Não respeito um regime que, em nome da justiça social, estraga o início de vida de milhares de casais a fim de proteger duas minorias: funcionários públicos e reformados. Quero apenas que este regime finde. Quero apenas que chegue um político com a coragem de dizer aquilo que toda a gente sabe mas que ainda é proibido dizer: “isto acabou! Vamos mudar de vida!”
O mundo das empresas é duro, muito duro, e para conseguir chegar ao patamar de Manuel Alegre, qualquer cidadão com menos de quarenta anos tem agora de trabalhar e esforçar-se como nunca nenhum dos senhores que se choram, quais Marias Madalenas, o fez. Sem certezas e direitos adquiridos. Milhares de jovens - eu conheço muitos - são forçados hoje novamente a emigrar, por falta de oportunidades e em condições mais difíceis que os exílios em Paris e Argel, numa nova diáspora com que ninguém se preocupa (Portugal é o país desenvolvido onde mais jovens qualificados emigram: 1 em cada 5). Quando escreve frases como esta, quem fica com vontade de emigrar são os restantes milhares de jovens que estão a sustentar, com o seu esforço, os desvarios ideológicos de V. Exas.Helder, há uns dias n'O Insurgente:
Who is John Galt?As revoluções, às vezes, começam com greves.
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