02 setembro 2006
Lista de Não-Direitos
(Traduzido e adaptado do original de Lewis W. Napper, "Bill of No Rights")
Nós, os sensatos entre o povo dos Estados Unidos, numa tentativa de ajudarmos toda a gente a entender-se, recuperarmos um semblante de justiça, evitarmos mais revoltas, mantermos a nação segura, promovermos comportamentos positivos e garantirmos a benção de uma liberdade sem dívidas para nós próprios e para os nossos netos e bisnetos, aqui tentamos novamente ordenar e estabelecer algumas linhas mestras de senso comum para os permanentemente queixosos, complexados, alienados e outros bébés chorões esquerdistas.
Consideramos estas verdades evidentes em si mesmas, que muitíssimas pessoas ficaram confundidas com a Lista de Direitos, e que são tão lerdas que precisam de uma Lista de Não-Direitos.
ARTIGO I
Ninguém tem o direito a um carro novo, TV com ecrã de plasma ou qualquer outra forma de riqueza. Felicitações para quem conseguir adquirir estas coisas legalmente, mas aqui não há garantias para ninguém.
ARTIGO II
Ninguém tem o direito de nunca ser ofendido. Este país é baseado na liberdade, e isso significa liberdade para toda a gente - não só para alguns! Quem quiser pode sair da sala, mudar de canal, exprimir uma opinião diferente, etc., mas o mundo está cheio de idiotas e provavelmente sempre estará.
ARTIGO III
Ninguém tem o direito que não lhe aconteça qualquer espécie de mal. Quem espetar uma chave de parafusos no olho tem de aprender a ter mais cuidado; não pode esperar que o fabricante da chave de parafusos o torne rico a ele e à família.
ARTIGO IV
Ninguém tem o direito a comida e à habitação. Nós somos das pessoas mais generosas que há e ajudaremos com prazer qualquer um que precise de ajuda, mas estamos a ficar rapidamente fartos de subsidiar uma geração de preguiçosos profissionais que não consegue fazer mais nada do que criar outra geração de preguiçosos profissionais.
ARTIGO V
Ninguém tem o direito a cuidados de saúde grátis. Era porreiro, mas tendo em conta a qualidade de outros serviços prestados pelo estado, não parece nada boa ideia.
ARTIGO VI
Ninguém tem o direito de maltratar fisicamente outras pessoas. Quem raptar, violar, aleijar intencionalmente ou matar alguém, não deverá ficar surpreendido quando alguns de nós se juntarem para lhe limparmos o sebo.
ARTIGO VII
Ninguém tem o direito às posses dos outros. Quem roubar, aldrabar ou retirar coercivamente os bens e serviços de outros cidadãos, não deverá ficar surpreendido quando for parar atrás das grades num sítio onde também não terá um ecrã de plasma ou uma vida sossegada.
ARTIGO VIII
Ninguém tem o direito de exigir que os nossos filhos arrisquem as suas vidas em guerras no estrangeiro para lhe aliviar a consciência. Nós detestamos governos tirânicos e não faremos nada para impedir quem quiser ir lutar contra eles, contudo, não gostamos de ser paizinhos do mundo inteiro e não queremos gastar o nosso tempo a batalhar contra um qualquer tirano de uniforme militar e chapéu ridículo.
ARTIGO IX
Ninguém tem o direito a um emprego. Todos queremos que as pessoas tenham um; e até ajudaremos quem passar por dificuldades. No entanto, o que esperamos é que cada um tire partido das oportunidades que criamos na educação e formação profissional para fazer algo de útil.
ARTIGO X
Ninguém tem o direito à felicidade. Tem é o direito a tentar alcançar a felicidade - o que, diga-se de passagem, seria muito mais fácil se todos estivéssemos livres da abundância de leis idiotas criadas por aqueles que estão confundidos pela Lista de Direitos.
Etiquetas: humor, liberalismo
Bocas:
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Olá Migas,
Fiz uma tradução (Português do Brasil) desse texto. Fiquei satisfeito com o grande alinhamento dos dois textos.
Você pode encontrar meu texto em Manifesto Conservador (http://manifestoconservador.blogspot.com)
Um abraço,
Ivan Cruz
Fiz uma tradução (Português do Brasil) desse texto. Fiquei satisfeito com o grande alinhamento dos dois textos.
Você pode encontrar meu texto em Manifesto Conservador (http://manifestoconservador.blogspot.com)
Um abraço,
Ivan Cruz
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