Crónica do Migas
Beneath this mask there is more than flesh. Beneath this mask there is an idea, Mr. Creedy, and ideas are bulletproof.

21 junho 2008

 

Let's boogie


Fazem hoje sete anos desde a morte de John Lee Hooker, o criador do boogie. O seu pai, homem muito religioso, não aprovava os gostos musicais do filho, nem o estilo de vida dos seus amigos músicos. A certa altura, os seus pais separaram-se, e a mãe casou segunda vez, com William Moore, que também era guitarrista. Foi o padastro que lhe ensinou os rudimentos do boogie, que viria a tornar-se a imagem de marca de Hooker, duas décadas mais tarde. Vêmo-lo aqui a tocar o seu primeiro grande hit, Boogie Chillen, numa versão ao vivo com Eric Clapton e os Rolling Stones.



As pressões do pai, para entrar para a igreja, levaram-no a fugir de casa aos 14 anos, para Memphis. Aí conheceu B.B. King e Robert Lockwood Jr, enteado de Robert Johnson. Passou os anos seguintes por Memphis, Cincinatti e Knoxville, até 1943, quando foi para Detroit. Durante o dia trabalhava numa fábrica de automóveis; à noite tocava em bares, ganhando reputação localmente. Mais tarde, quando o público passou a exigir outro estilo de blues, mais folk que outra coisa, Hooker adaptou-se sem problemas. Foi o tempo do Newport Folk Festival. Foi inclusivamente nesta altura, que teve longas conversas com Bob Dylan, e a sua namorada de então, Susan, no Central Park e em pequenos bares de Greenwich Village. Poucos sabem que foi Hooker que proporcionou a Bob Dylan o seu primeiro gig profissional, no Greenwich Village Folk Club. Em baixo, It serves me right to suffer, do periodo mais "intelectual".

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