04 abril 2007
Idiosincrasias para todos os gostos
Quando se quer, à força, demonstrar um determinado esteriótipo de estimação, é fácil cair na contradição e disparate. Pedro Arroja está de tal modo empenhado em provar as suas ideias esteriotipadas e deterministas relativamente às diferenças das sociedades predominantemente católicas face às protestantes que escreveu isto:
"Quem vive num país de língua inglesa [surpreende-se por vezes] por encontrar nessa língua palavras ou expressões que são directamente importadas do português. (...) A mais terrível, porém, é a expressão auto-da-fé. Não existe tradução em inglês, escreve-se em inglês como no seu original português. Aparentemente, nunca passou tal ideia pelo espírito anglo-saxónico, é uma ideia inconcebível nesta cultura, e por isso não existe uma expressão própria para a traduzir."Deve ser por isso que os anglo-saxónicos são tão aversos ao negócio, tendo importado o termo entrepreneur de França, esse baluarte do capitalismo; ou porque são pessoas tão fatalistas e deprimidas, que precisaram de ir buscar joie-de-vivre ao francês para explicar a coisa. Estou certo que alguma investigação iria desenterrar inúmeros exemplos, quer num sentido ou outro.
Etiquetas: falácias, gaitadas, meninos mimados, teses adolescentes
Bocas:
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Pois é... nós importámos "biombo" do japonês só quando reconhecemos as vantagens da privacidade. E os franceses importaram "weekend" porque, coitados, nunca até então tinham percebido a razão para os calendários estarem divididos em grupos de 7 dias...
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