29 outubro 2008
Alheamento da realidade
No Jornal das Nove da SIC Notícias, entrevistando António Pinto Leite, Mário Crespo fez-lhe uma pergunta que demonstra um impressionante alheamento da realidade. Perguntou-lhe - no seguimento da história de Alfredo da Silva, da CUF, que terá morrido com muitos bens hipotecados como garantia de empréstimos que contraíra - se não era verdade que hoje em dia essa prática de os empresários darem garantias pessoais tinha caído em desuso. Isto no contexto de declínio da responsabilidade individual. Pinto Leite ainda esboçou um “não diga uma coisa dessas”, ou algo parecido, referindo que muitos empresários pelo país fora terão muitas dificuldades pessoais quando a recessão apertar. Mostrando a habitual confusão sobre o que é um empresário, Crespo ripostou algo sobre gestores públicos e outros que deixam as empresas em dificuldades e saem ilesos. Mas impressionante mesmo é a ideia mirambolante de que os empresários vão ao banco pedir crédito e não têm de dar garantias. Tenho de me lembrar dessa da próxima vez que fôr ao banco fazer um financiamento. “Mário Crespo dixit, senhor gerente”.
Bocas:
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Porque devemos todos, e não só em Portugal, de ouvir calados, depois desta desavergonhice de banqueiros e governantes de braço dado com os pulhas donos do capital, aparecerem como sábios e com soluções para borrada que fizeram durante estas ultimas dezenas de anos?
Será que não aprecem jovens que arrumem com estas putas velhas que continuam com o maior descaramento a aprecerem como salvadores do naufrágio que eles próprios provocaram?
Será que não aprecem jovens que arrumem com estas putas velhas que continuam com o maior descaramento a aprecerem como salvadores do naufrágio que eles próprios provocaram?
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