Crónica do Migas
Beneath this mask there is more than flesh. Beneath this mask there is an idea, Mr. Creedy, and ideas are bulletproof.

21 novembro 2007

 

Migas ao vivo




«Blue Velvet» no Marquês da Sé, em Lisboa, c. 1992 (ou talvez 1991, a memória dessa altura já começa a ser inconsistente). O tipo que estava a filmar devia estar meio ganzado, porque a imagem está all over the place e o video tem cortes a meio. De qualquer modo, o puto imberbe de cor-de-laranja sou eu.

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20 novembro 2007

 

Preconceitos, Colectivismo e Determinismo


(também postado n'O Insurgente)

No meio da maré de críticas a Pedro Arroja pelos seus posts sobre "os judeus" no Portugal Contemporâneo, ainda não vi argumentos que pareçam realmente entender a razão pela qual os preconceitos raciais são errados. Já na anterior celeuma relativamente às declarações de James Watson sobre eventuais diferenças na inteligência entre raças foi a mesma coisa. Exceptuando este post no De Rerum Natura, que toca nos pontos essenciais, embora eu não esteja totalmente de acordo com tudo o que lá está. [Adenda: Também aqui o Rui A havia escrito sobre o assunto, expondo essencialmente as mesmas ideias que aqui escrevo.]

A maior parte dos ataques a Arroja (tal como a Watson) fazem implicitamente recurso a proposições puramente infantis, do género "os nazis era racistas; os nazis eram maus; logo o racismo é mau" ou "o racismo teve efeitos terríveis no passado; logo qualquer preconceito racial devia ser crime". No caso de Watson a coisa vai até mais longe, chegando ao "o racismo é mau; logo qualquer afirmação que aparente ser racista é logicamente falsa".

O que é criticável nas análises de Pedro Arroja não é que ele seja uma qualquer espécie de nazi anti-semita. Acusá-lo disso é um disparate. O seu problema principal é uma tendência colectivista e determinista na análise que tolda quase todas as suas conclusões. Além disso, há também a questão do uso de meias-verdades, ou escolha selectiva dos factos apresentados, com o objectivo de suportar as suas teses, embora isso já seja outro assunto.

Quase tudo o que Pedro Arroja escreve é "grupal". As análises procuram sempre características colectivas em grupos, sejam "os católicos", "os protestantes", "os brasileiros", "os judeus", "os negros" ou "os ateus", entre outros. Nada de errado em verificar características comuns a grupos, caso contrário podíamos deitar fora a sociologia (no great loss, dirão alguns, eh eh). O problema está no retirar de conclusões sobre membros individuais a partir dessas características de grupo. E aqui entra o seu típico determinismo: Quase todos os seus artigos tiram conclusões do género "as características do grupo X fazem necessariamente que os seus membros ajam de determinada forma" ou "o país Y tem uma cultura tal, logo só um governo do tipo Z funcionará por lá".

O problema dos preconceitos raciais está aí. Na falta de respeito pelo indivíduo que está implícita no seu julgamento em função da etnia a que pertence. Daí que as correntes politico-filosóficas colectivistas sejam as menos bem colocadas moralmente para criticar preconceitos raciais (ou mesmo outros, como sexuais, profissionais, nacionais, etc). Já quem defende o indivíduo acima do colectivo está inerentemente a censurar tais preconceitos.

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17 novembro 2007

 

Ghost Town



Entre o trabalho e O Insurgente, este blogue está a começa a parecer uma cidade fantasma do Velho Oeste. Medidas urgem para animar a Crónica:
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* Espero que a vírgula esteja no lugar certo.

05 novembro 2007

 

Remember, Remember


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